quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Editorial

Postado por GEMa Em 1.11.12
Março/Abril 2013
A memória humana ganhou uma enorme ampliação quando o homem aprendeu a registrar seus mitos, medos, conquistas e transações através da escrita. Não era mais necessário guardar tudo na cabeça, bastava aprender a escrever. Não havia apenas uma solução — povos diferentes tinham soluções distintas para deixar os seus registros. Havia uma casta de pessoas encarregada da escrita que detinha conhecimento e portanto tinha poder. Hoje sabemos muito como viviam estes povos apesar de pouco ter chegado até nós devido aos meios usados para registro neste passado remoto. A transmissão escrita pouco mudou através de milênios até a invenção da impressa mecânica por Gutenberg por volta de 1440. De repente, a informação não estava mais restrita a poucos privilegiados. As consequências foram enormes em todas as áreas de atividade do homem. No final deste século já existia maquinas impressoras em cerca de 300 cidades europeias. Entre 1518 e 1520 mais de 300.000 panfletos de Lutero haviam sido impressos. Ideias passaram a circular febrilmente e as primeiras sociedades cientificas foram organizadas difundindo seus conhecimento através de jornais próprios (Royal Society em 1660). O conhecimento passou a ser democrático e só depois nasceu a democracia como forma de governo político no final do século XVIII. O latim perdeu importância para as línguas vernáculas que se firmaram através de obras memoráveis (o alemão pela tradução da Bíblia por Lutero, o inglês pela obra de Shakespeare e o português devido a Camões). Em 1600 as melhores prensas podiam imprimir 240 folhas por horas; pouco mais de 200 anos (1818) chegava-se a 240 x 10 = 2400 páginas! Em 1609 surgiu na Alemanha o primeiro periódico, Avisa, seguido pelo Courant from Italy, em 1618 e em francês, La Gazette, em 1631. Em português, Gazeta,em 1641 e na Américas só em 1690. O famoso The Times só em 1814. No início não tinham circulação diária. A primeira revista também foi na Alemanha, Erbauliche Monaths-Unterredungen ( Discussões Mensais Edificantes), em 1663. Em inglês, The Gentleman’s Magazine, em 1731. Outras invenções contribuíram para que a imprensa se desenvolvesse em um ritmo frenético. Com o advento da internet, passou a uma forma quase explosiva. Uma das mais marcantes publicações eletrônicas surgiu em  1993, Wired, um jornal eletrônico com uma curiosidade voraz acerca de tudo que existe debaixo do sol! Hoje, já é possível organizar revistas personalizadas como Flipi entre muitas e assinar jornais e revistas eletrônicas por preços baixíssimos. Temos a felicidade de viver em uma época onde a sociedade é rapidamente transformada pela forças das ideias e as consequências que elas geram. Aqui na UECE ganhamos o Jornal Fixabendo, que já nasce moderno (também em forma eletrônica). É mais um valioso meio de registro da nossa história que estará à disposição para divulgar ideias, ajudar na solução de problemas e contribuir como fonte para no futuro se interessar pela nossa história. Parabéns à todos!





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